terça-feira, 17 de novembro de 2015

Atividade Física Durante o Tratamento do Câncer!

A prática regular de atividade física associada a baixos níveis de gordura, o ambiente metabólico fica menos favorável ao desenvolvimento de neoplasias devido às baixas concentrações de triglicerídeos e de insulina. Há pesquisas que mostram que indivíduos obesos com síndrome metabólica apresentam um risco aumentado em desenvolver câncer.

Infelizmente as pessoas que recebem o diagnóstico tendem a diminuir o nível de atividade física durante o tratamento. É importante que os pacientes mantenham alimentação saudável e exercício físico regular como parte do tratamento. Câncer em estágio avançado é acompanhado por perda de peso e massa muscular, gordura, gerando fraqueza, algumas vezes anemia.


A atividade física é capaz de conservar a massa muscular mesmo com o tumor competindo com o organismo por nutrientes, ela normaliza hormônios, reduz a concentração de cortisol, melhora a resposta imunológica, auxiliando o organismo no combate à neoplasia e à caquexia tumoral, controle da fadiga e de outros possíveis efeitos adversos do tratamento, diminuindo taxas de complicações cardíacas, auxiliando na recuperação pós- operatória, melhorando a capacidade cardiorrespiratória e ajudando na restauração do membro operado.

Durante o tratamento de quimioterapia, os exercícios físicos não podem ser praticados se o paciente estiver com anemia severa, uma vez que o sistema cardiovascular não está preparado para se adaptar à maior demanda de oxigênio; e pacientes com cateter externo de longa permanência não devem fazer exercícios em água pelo risco de infecção, nem exercícios resistidos na musculatura local pelo risco de deslocamento. Os pacientes em tratamento de radioterapia devem evitar exercícios em piscinas com cloro, já que a pele do local tratado pode se ressentir.

A recomendação é que pacientes com diagnóstico de câncer realizem exercícios em intensidade moderada, com duração de 30 a 60 minutos, podendo realizar tanto os com características aeróbias, quanto para fortalecimento e hipertrofia. Os exercícios devem ser individualizados de acordo com as habilidades e condições do paciente.Um efeito colateral recorrente no tratamento da maioria dos cânceres é a fadiga. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos, entre 72 e 95% dos pacientes são afetados por esse cansaço extremo, que pode resultar na diminuição significativa da qualidade de vida. Estudos mostram que a prática diária de exercício pode diminuir a intensidade desse sintoma em até 50%.

Dra. Solange Sanches, Titular do Departamento de Oncologia Clínica do A.C.Camargo Câncer Center, explica que o exercício físico ajuda a combater a fadiga, estimulando a produção de endorfina, que gera a sensação de bem-estar. “Outra questão a se considerar é que, no final do tratamento, a quimioterapia pode gerar atrofia muscular, que ocorre quando há perda de massa muscular e o paciente sente muita dor ao fazer qualquer tipo de movimento. O exercício pode ser útil também nesse caso. A atividade não precisa e nem deve ser muita intensa. Na verdade, ela deve ser mais frequente que intensa. Caminhar, dançar, andar de bicicleta, yoga, pilates, são alguns dos exemplos”.

O NCCN (National Comprehensive Cancer Network) dos Estados Unidos aconselha que o paciente comece num ritmo devagar, como uma caminhada de dez minutos ao redor do quarteirão, por exemplo. Dependendo do ritmo e do conforto da pessoa, é possível aumentar o percurso para 20 ou 30 minutos. O importante é que seja uma atividade diária.

Para melhor aproveitamento de suas atividades físicas durante o tratamento procure orientação profissional de Educação Física.

Fontes 


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